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Poucas são as casas para venda equipadas com ar condicionado

Foram analisadas mais de 278 900 casas à venda e para arrendamento em Portugal

29 de julho, 2019
Poucas são as casas para venda equipadas com ar condicionado
Ar condicionado
Estudo indica que, do parque habitacional para venda ou arrendamento em Portugal, apenas 13,9% das casas incluem ar condicionado, apresentando grandes diferenças, de região para região.

 

Quando chega o Verão, o ar condicionado faz parte do dia-a-dia, estando ligado nos diversos sítios onde circulamos e frequentamos, sejam transportes públicos, sejam carros ou centros comerciais. No entanto, esta realidade muda quando se fala no parque habitacional português, neste caso, o que se encontra no mercado para venda ou arrendamento. Segundo um estudo da plataforma imobiliária idealista, só 13,9% das casas à venda ou para arrendar, em Portugal, têm sistema de ar condicionado. Analisando mais de 278 900 casas à venda e para arrendamento, anunciadas na sua base de dados a 19 de Julho de 2019, a empresa concluiu que existem diferenças notórias entre cidades e regiões.

O Algarve é a região do país onde existe uma maior percentagem de casas climatizadas com ar condicionado, com 31%, seguindo-se a região de Lisboa, com 18,5% e, em terceiro, fica o Alentejo, com 14% de casas para venda ou arrendamento com ar condicionado. Em último, nesta lista, encontra-se a região dos Açores, com 3,9%. 

No que toca a cidades, Faro, com 31%, é a cidade que apresenta mais casas com ar condicionado anunciadas para venda e arrendamento, seguida de Viseu, com 23,8%, Braga, com 21%, e Lisboa, com 18,5%. No Porto, os números já descem para os 13,1% e a tabela termina na cidade da Guarda, com 2,8%, e que fica, assim, como a cidade portuguesa com menos casas anunciadas para venda e arrendamento equipadas com ar condicionado.

Venda vs. Arrendamento

Mas não são só as cidades a apresentar diferenças no que toca à disponibilidade de sistemas de ar condicionado. O sistema de transacção também conta para este estudo e a diferença entre o arrendamento e a venda é significativa, com o arrendamento a ocupar uma posição mais favorável.

Das casas para venda, apenas 13,8% possuem sistema de ar condicionado, um número que sobe para os 17,1% quando se fala em arrendamento. Também neste factor as diferenças são notórias consoante as cidades, sendo que existem excepções: Faro apresenta 31,2% das casas para venda com esse sistema, baixando para os 13,3% no arrendamento, à semelhança de Coimbra, com 14,8% de casas à venda com ar condicionado, e apenas 4,2% no que toca ao arrendamento.

Já dentro da tendência da maioria, Lisboa apresenta 20,2% das casas para arrendar com ar condicionado, já para compra são 18,3%. Em Évora, as diferenças são mais acentuadas, com o arrendamento a registar 28,6% e a venda 8,5%.

De referir que, neste estudo, em Beja, Bragança, Guarda e Portalegre não existiam casas para arrendar com ar condicionado.

Números mais altos do que o ano passado

Em comparação com o estudo que o idealista realizou em 2018, a 6 de Agosto, os números de 2019 são mais altos. O ano passado, apenas 9,2% dos mais de 177 400 imóveis inscritos naquela plataforma, para venda ou arrendamento, tinham ar condicionado. Os números deste ano situam-se nos 13,9%.

Faro também era a cidade que apresentava mais casas com ar condicionado, anunciadas para venda ou arrendamento, e a Guarda também ocupava o último lugar na tabela, como a cidade portuguesa com menos casas anunciadas para venda e arrendamento equipadas com ar condicionado.

No que toca a regiões, o pódio também era ocupado pelo Algarve, seguindo-se Lisboa e o Alentejo, mas a região com menos casas para venda ou arrendamento com ar condicionado era a da Madeira (e não dos Açores, como este ano).

Por fim, e nas diferenças entre venda e arrendamento, continuam a existir mais imóveis com ar condicionado disponíveis para arrendar do que para vender. Em 2018, 14,6% os imóveis para arrendar tinham ar condicionado, este ano o número subiu para os 17,1%. Já na venda, eram 9,1% o ano passado, tendo subido 13,8% este ano.